Análise GeoEspacial Google Earth Engine

Google Earth Engine: por que investir na versão paga da plataforma?

Google Earth Engine
Escrito por André Santos

Você já imaginou ter o poder de analisar dados de satélite em escala planetária para otimizar os processos da sua empresa?

Isso é exatamente o que o Google Earth Engine (GEE) oferece.

Neste artigo, vamos explorar como o Google Earth Engine pode transformar seu negócio, destacando as diferenças cruciais entre as versões gratuita e paga da plataforma.

Google Earth Engine: vale a pena investir na versão comercial?

O Google Earth Engine (GEE) é a plataforma mais robusta do mundo para análise geoespacial em escala. Ele reúne décadas de imagens e dados ambientais e os processa com a infraestrutura do Google. A versão gratuita continua excelente para pesquisa acadêmica e projetos não comerciais. Mas quando o objetivo é operar com confiabilidade, governança e escala em ambientes corporativos, migrar para um plano comercial faz diferença. 

Em relação ao uso corporativo, é comum a dúvida: vale a pena migrar para o plano comercial?

A resposta é sim — e os motivos vão além da velocidade de processamento.

Antes de um aprofundamento sobre quais são os pontos que devem ser considerados para a escolha da versão gratuita ou paga da plataforma, um lembrete importante: o uso comercial do GEE exige um projeto pago; projetos não comerciais usados para fins de negócio podem ter o acesso desativado.

Uso gratuito e comercial: o que realmente muda?

Entenda os fatores que fazem a diferença em projetos comerciais:

Fila e previsibilidade para as equipes.

Em projetos comerciais, as tarefas em lote (Batch) ficam em fila compartilhada no nível do projeto, dando previsibilidade quando várias pessoas trabalham juntas. No acesso de pesquisa (gratuito), o agendamento é por usuário, mesmo que todo mundo veja as mesmas tarefas do projeto. Além disso, cada tarefa em lote pode rodar até 10 dias e cada projeto suporta até 3.000 tarefas pendentes (limite de plataforma). Esses limites são úteis na prática, mas não são “vantagens” exclusivas do comercial: o diferencial aqui é a fila por projeto no plano comercial.

Concorrência maior (e configurável) para exportações.

Nos planos comerciais, os limites de tarefas de exportação concorrentes são mais altos: o Basic pode chegar a 8 exportações em paralelo (por billing account), o Professional a 20, e o Premium vai além. Em projetos comerciais, você também pode configurar limites de concorrência por projeto, sendo um recurso útil para organizar filas entre squads.

Prioridade de tarefas.

Em projetos pagos, você define prioridade nas exportações (no Code Editor ou via APIs). Isso faz análises críticas entrarem na frente, quando necessário.

Segurança e conformidade.

VPC Service Controls (proteção contra exfiltração de dados) é suportado nos planos Professional e Premium. Isso é relevante para órgãos públicos e empresas com requisitos de perímetro de segurança.

SLA e suporte.

SLA é incluído nos planos Professional e Premium. Os planos gratuito e básico não incluem SLA.


API de alto volume

O endpoint de alto volume (high-volume) foi desenhado para lidar com muitas requisições em paralelo, como servir tiles pré-processados para uma API interna ou extrair amostras de imagem em larga escala. Diferente do sistema Batch, ele não precisa enfileirar tarefas que demoram minutos para agendar, iniciar e finalizar. Isso o torna muito mais eficiente quando você precisa baixar muitos pequenos pedaços de dados (como patches de imagem ou amostras aleatórias), que seriam lentos e trabalhosos de orquestrar via exportações Batch.

Ele tem uma latência média maior e menos caching, mas essa troca é vantajosa para consultas simples e automatizadas de alto volume. Já para análises complexas que se beneficiam de cache eficiente, o endpoint padrão ainda costuma ser a melhor escolha. Nos planos comerciais, os limites de requisições concorrentes no high-volume aumentam conforme o nível do plano.

Controle de custos que evita surpresas

Projetos pagos podem definir um limite diário de EECU-time, que soma o consumo de Batch + Online. O padrão é “ilimitado”, mas você pode estabelecer um teto diário. Ao atingir o limite, novas solicitações falham até o dia seguinte, funcionando como um cinto de segurança contra gastos inesperados. Se uma tarefa for interrompida por esse gatilho, você não é cobrado além do limite.

Se sua organização está migrando do gratuito para o comercial, a Geoambiente, revendedora oficial do Google Earth Engine no Brasil, acompanha todo o processo: orienta nas configurações iniciais, compartilha boas práticas de uso, mostra como monitorar o consumo e muito mais.

Fale com o nosso time comercial para entender qual plano (Basic, Professional ou Premium) faz mais sentido para a sua operação e como começar com governança desde o primeiro dia.


Novidades a caminho no Google Earth Engine:

A partir de 1º de setembro de 2025, o Google Earth Engine terá mudanças nos planos comerciais:

  • Fim das licenças de desenvolvedor em todos os planos (Limitado, Básico, Profissional e Premium): não haverá mais limites nem cobranças por licenças de desenvolvedor.
  • EECU on-line mais barato: o valor cai de US$ 1,33/h de EECU para US$ 0,40/h de EECU, igualando ao preço de EECU em lote.
  • Atualização dos níveis (tiers): limites e preços por níveis do on-line passam a espelhar os do EECU em lote.
  • Créditos on-line ajustados: os saldos de crédito serão recalibrados aos novos preços, sem impacto no valor em dólar para clientes atuais.

Conclusão

O Google Earth gratuito democratiza a ciência e a inovação. Mas, para operações em produção, a combinação de fila por projeto, concorrência maior e configurável, prioridade de tarefas, controles de custo e recursos de segurança/SLA dos planos comerciais é o que transforma o processamento geoespacial em um processo de negócio previsível, governável e alinhado a requisitos de TI.

Quando essa jornada é feita com a Geoambiente, parceira oficial do Google, você ganha ainda mais segurança e confiança. Nosso time, treinado e capacitado, apoia todas as etapas, da transição do projeto gratuito para o comercial até a implantação, sob demanda, de pipelines complexos do GEE no Google Cloud. Toda essa estrutura de trabalho e suporte resulta em uma operação escalável, bem governada e pronta para atender às exigências de TI.


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Sobre o(a) autor(a)

André Santos

Engenheiro com especialização em Gestão de Projetos. Experiência em projetos de sensoriamento remoto para demandas governamentais e para os mercados de energia elétrica, florestal e agronegócio.

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