Análise GeoEspacial Google Earth Engine

Prevenção de desastres: como governos têm usado o Google Earth Engine

Como governos têm usado o Google Earth Engine na prevenção de desastres
Escrito por André Santos

Os desastres climáticos são um desafio global e vêm aumentando em todo o mundo, causando danos em diversos municípios e comunidades. Esses desastres naturais são eventos adversos, como chuvas extremas, secas e tufões, que geram grandes impactos na sociedade podendo ser naturais ou antrópicos (causados pela ação humana).

Diante disso, os governos buscam formas de mitigar os riscos, reduzir os impactos e custos relacionados a essas catástrofes. Uma maneira de gerenciar esses riscos é o monitoramento de eventos que podem gerar desastres naturais. Entenda a seguir como o monitoramento é conduzido para a prevenção de desastres.

Leia mais: Conheça o Google Earth Engine (GEE): análise de dados geoespaciais em escala utilizando a nuvem do Google

Monitoramento de eventos climáticos com o Google Earth Engine para a prevenção de desastres

O monitoramento de eventos climáticos é essencial na prevenção de desastres. Envolve a coleta e análise de uma ampla gama de informações para prever, detectar e responder a ameaças.

Para construir e manter um sistema de monitoramento, é necessária uma ferramenta que permita a integração de diversos dados, coletados de diferentes fontes que possam ser tratados e analisados de modo constante e confiável, permitindo a visualização de insights e emissão de alertas.

O Google Earth Engine (GEE), uma plataforma em nuvem utilizada para análise geoespacial em escala planetária com apoio do big data, é utilizado por diversas esferas governamentais para enfrentar esses desafios climáticos e na prevenção de desastres. O GEE disponibiliza dados de satélite para ajudar na identificação de tendências e padrões espaço-temporais a longo prazo, tudo isso na nuvem do Google, que hoje se apresenta como uma ferramenta confiável de análises de geo-big data.

Com apoio do Google Earth Engine (GEE), da Google Cloud Plaftform e de tecnologias de sensoriamento remoto e geolocalização espacial, a Geoambiente oferece soluções e serviços customizados que ajudam governos a prevenir esses desastres. Esse conjunto de ferramentas proporciona grande capacidade de processamento, além de catálogo de dados históricos com mais de 40 anos.

Somente o GEE, por exemplo, oferece um catálogo com +70 petabytes de imagens de satélite disponíveis para análise (multiespectral e multitemporal: quase em tempo real e também com períodos mais longos).

Análises climáticas

Essa ferramentas trazem amplas possibilidades para a criação de sistemas computacionais capazes de realizar:

Acesso a dados globais em tempo real
● Análise de tendências climáticas
● Detecção e prevenção de desastres
● Modelagem climática e previsão
● Monitoramento de recursos naturais
● Compartilhamento de dados e colaboração
● Visualização de dados
● Integração com outras ferramentas


Além disso, o monitoramento pode privilegiar uma determinada área do processo por meio da previsão, monitoramento e impacto pré-eventos em:

  • Períodos chuvosos: previsão climática, monitoramento de área de risco (ex: deslizamento de encostas, ocupações irregulares etc.), pós-evento (mitigação e impactos – processamento de imagens antes e depois do evento climático para identificar áreas mais afetadas e direcionar buscas por sobreviventes), pós-evento (uso de imagens de satélites para calibrar e validar modelos e mapear riscos).
  • Períodos secos: previsão de incêndios, monitoramento de queimadas, monitoramento de estiagem, monitoramento climático, pós-evento (uso de imagens de satélites para calibrar e validar modelos e mapear riscos de queimadas, por exemplo).

Na prática

A Geoambiente desenvolve diversos serviços de monitoramento para órgãos públicos, como defesa civil de prefeituras municipais. Nesse caso, os dados geoespaciais são coletados, tratados e analisados para:

Monitoramento: monitoramento do estado das áreas de risco para identificação de condições, pré-definidas, que possam levar a desastres. Pode ser realizada a partir da leitura de dados de chuva (acumulado e previsão), podendo ser agregado dados externos como, por exemplo, alertas do CEMADEN e dados de campo.

Emissão de alertas: conforme as condições das áreas de risco são alteradas e categorizadas com risco iminente, poderão ser emitidos alertas, baseados em critérios pré-definidos, para cada zona de risco. A emissão dos alertas para a população, poderá ser condicionada a avaliação prévia de especialistas.

Identificação de ocorrências: quando há ocorrências nas áreas de risco, as áreas impactadas poderão ser identificadas através de rotinas de classificação de imagens, buscando a identificação da área afetada e a quantificação das perdas.

A Geoambiente, empresa com mais de 25 anos de experiência em inteligência de localização, é parceira premier do Google Cloud e revendedora oficial do Google Earth Engine.

 

Sobre o(a) autor(a)

André Santos

Engenheiro com especialização em Gestão de Projetos. Experiência em projetos de sensoriamento remoto para demandas governamentais e para os mercados de energia elétrica, florestal e agronegócio.

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