Análise GeoEspacial ESG

Agenda ESG no setor sucroenergético: o valor das certificações

Plantação de cana-de-açúcar.

O setor sucroenergético vem avançando em direção à adoção dos princípios da agenda ESG (ambientais, sociais e de governança) para fortalecer seu compromisso com a redução de riscos climáticos. Além de produzirem etanol, um combustível renovável que emite menos gases de efeito estufa (GEE) em relação aos combustíveis fósseis, as usinas estão adotando novas medidas capazes de minimizar seus impactos no meio ambiente.

Dentre as ações, estão a preservação da biodiversidade nas áreas produtoras de cana, gestão hídrica para as aperfeiçoar o uso da água e evitar desperdício, bem como outras iniciativas de redução de emissões de GEE. A implementação de uma agenda ESG no setor impacta diretamente nos ganhos financeiros, uma vez que a atividade agrícola depende da disponibilidade hídrica e dos ecossistemas para garantir sua produtividade. 

Além disso, o aumento da temperatura do planeta, provocado pelas emissões de gases causadores de efeito estufa, reflete na alteração do regime de chuvas, provocando, por exemplo, longos períodos de seca. Dessa forma, as mudanças climáticas influenciam diretamente na safra de cana-de-açúcar, refletindo na redução da produtividade e na alta dos custos de insumos. 

Tendo em vista a alta vulnerabilidade do setor sucroenergético às alterações do clima, toda a cadeia vem reforçando seus compromissos com práticas mais sustentáveis. Essas boas práticas são reconhecidas tanto pelo mercado nacional como internacional e chanceladas por meio de certificações, que ajudam a alavancar as oportunidades do setor.

Certificações da agenda ESG

O mercado internacional de biocombustível está cada vez mais comprometido com uma transição energética baseada na adoção de fontes renováveis, limpas e sustentáveis. De olho nas oportunidades de exportação, produtores e usinas de cana-de-açúcar estão se adequando a rigorosos padrões por meio de certificações que impulsionam a agenda ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance).

As grandes produtoras e processadoras de cana-de-açúcar brasileiras investem fortemente na obtenção dessas certificações. Esses “selos” atestam uma produção de  biocombustível com menos emissões de gases de efeito estufa e maior comprometimento com a agenda socioambiental. 

Dentre as certificações internacionais mais conhecidas, está a Bonsucro. Trata-se de uma iniciativa global para garantir que a produção de cana-de-açúcar seja sustentável. O padrão é aceito mundialmente e avalia não apenas critérios relacionados à agricultura, mas também aqueles relacionados à usina, como reuso da água, eficiência energética, aproveitamento de resíduos, dentre outros.  

Já no Brasil, o RenovaBio, programa do governo federal, busca incentivar a descarbonização em toda cadeia produtiva do setor de combustíveis e incentivar a produção de biocombustíveis. A certificação via RenovaBio permite que os produtores tenham suas boas práticas reconhecidas e possam comercializar créditos de carbono, os chamados CBIOs.

Como avançar na agenda ESG com apoio da Geoambiente?

As certificações da agenda ESG são uma forma de atestar o trabalho e comprometimento de usinas e produtores com foco em sustentabilidade e a chancela para conquistar mercados importantes. A Geoambiente, empresa especializada em Inteligência Geográfica, oferece consultoria às maiores empresas do setor sucroenergético do Brasil para apoiar no processo de certificação. 

Dentre os principais serviços para apoiar a certificação ambiental para a agroindústria, a Geoambiente realiza análises ambientais para suportar os processos certificatórios. Como parte do escopo do trabalho, são entregues relatórios, análises espaciais e mapas para as mais diversas comprovações. 

Em alguns casos, logo no início da safra a Geoambiente começa atuar em conjunto com a empresa que busca a certificação. É feito o mapeamento do solo, hidrografia e APPs (Área de Preservação Permanente) e identificadas possíveis correções como desmatamentos em áreas indevidas, sobreposição de área produtiva em APP, para a companhia entrar com os procedimentos de correção. 

O mapeamento do uso e cobertura do solo, por exemplo, é conduzido com técnicas de geoprocessamento para evidenciar que não houve conversão de vegetação para cana-de-açúcar após a data limite. Assim, a Geoambiente realiza no mapeamento e quantificação de áreas das mudanças de uso do solo entre datas de interesse, isto é, na obtenção de dados sobre as conversões de cana vindas de vegetação nativa, pastagem, cultura anual e perene. Esses dados de conversão produzidos também podem ser utilizados em calculadoras de emissões de gases de efeito estufa. 

Para saber mais informações sobre como a Geoambiente pode ajudar sua empresa na jornada das certificações ESG, entre em contato com os nossos especialistas. 

 

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Com mais de 25 anos de experiência em projetos de Análise Geoespacial e Sensoriamento Remoto, a Geoambiente realiza as análises ambientais para suportar os processos de certificação e de comprovação de elegibilidade ambiental aplicados à produção das culturas de cana-de-açúcar, milho, palma-de-óleo, soja, algodão e outras oleaginosas.

Nossa experiência e processos automatizados resultam na capacidade de processar grande volume de dados com alta performance e em curto prazo.

 

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Sobre o(a) autor(a)

Ana Carolina Rezende

Engenheira Agrônoma com Mestrado em Sensoriamento Remoto e especialização em Agronegócios e Inovação Tecnológica. Especialista em projetos e certificações ambientais.

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