“DevOps” é a junção dos termos “dev” (desenvolvimento) e ops (“operações). É uma metodologia que une cultura, processos e tecnologia para impulsionar a inovação, gerar valor aos negócios e responder às novas demandas com velocidade e qualidade. Na prática, implementar o DevOps implica em integrar aplicações legadas a uma infraestrutura em nuvem.
Essa abordagem representa uma maneira mais colaborativa de trabalho e interação por meio da disponibilidade de serviços de TI e aplicações modernas que proporcionam mais segurança, automação e uso de dados para orientar decisões de negócios.
Entenda os benefícios do DevOps:
- Maior desempenho e produtividade
- Agilidade nas entregas e nas respostas às demandas do mercado
- Confiabilidade, estabilidade, flexibilidade e segurança do sistema
- Celeridade na correção de falhas
- Maior satisfação do cliente
Leia mais: O que é cloud native? Entenda como a computação em nuvem moderniza o desenvolvimento de aplicações
Cultura DevOps
A metodologia DevOps funciona com o trabalho em conjunto das equipes de desenvolvimento e de operações. No entanto, esses times precisam estar alinhados também com a área de segurança para garantir a integridade no ciclo de vida das aplicações e também com as áreas de negócios para garantir o atendimento das necessidades dos clientes.
Agilidade na implantação
De acordo com o Google, equipes que trabalham com a abordagem implantam com 973 vezes mais frequência e alcançam tempos de lead 6750 vezes mais rápidos quando comparadas a equipes com desempenho inferior. Mas não se trata somente de acelerar o desenvolvimento e operação de aplicações monolíticas do passado, e sim de criar novos tipos de aplicações com foco na entrega contínua.
Estabilidade, velocidade e segurança
As equipes DevOps se recuperam de incidentes 6570 vezes mais rápido e têm taxas de falhas de mudança 3 vezes menores, segundo o Google. Isso porque a metodologia acelera o ciclo de vida da aplicação em todas as etapas – planejamento, desenvolvimento, entrega e operação. Além disso, essas equipes passam 50% menos tempo solucionando problemas de segurança em comparação com as equipes de menor desempenho.
Por que o cloud computing é essencial para o DevOps?
Abraçar o DevOps, contudo, exige não apenas uma transformação cultural, mas a adoção de tecnologias modernas. Essas equipes inovam rapidamente sem abrir mão da qualidade, da estabilidade e da produtividade. Para tanto, usam ferramentas altamente produtivas, automatizam etapas elementares e manuais e iteram em pequenos incrementos por meio de testes automatizados e integração contínua.
Acelerar processos exige a migração de cargas de trabalho DevOps para a nuvem, uma vez que é necessária uma infraestrutura capaz de atender às alterações no código exigidas pelo DevOps. Os ambientes devem ser constantemente escalados, enquanto diversas tarefas precisam ser automatizadas e apoiadas por uma arquitetura de microsserviços.
O cloud computing é essencial para as equipes DevOps, pois permite criar ambientes de desenvolvimento produtivos e facilitar o fluxo de implantações. Por meio da nuvem, as equipes usam uma arquitetura de microsserviços, conectando os serviços por meio de APIs.
DevOps e Google Cloud Platform
Aplicações cloud native trazem mais resiliência ao sistema, alta disponibilidade, implantação em diferentes regiões geográficas de acordo com a demanda, além da redução robusta de custos por serem cobradas somente pelo recurso utilizado no momento em que há demanda.
A Plataforma Google Cloud disponibiliza uma gama de recursos de computação do Google para impulsionar a estratégia DevOps. Esses serviços agilizam a compilação de programas de software, a realização de testes e o lançamento de soluções, garantindo a qualidade e segurança. São eles:
- Anthos: é a plataforma do Google para modernização de aplicativos e operações agnósticas em várias nuvens. Trata-se de uma plataforma de código aberto que integra dezenas de APIs de código aberto, como contêineres Kubernetes, e os fornece como um stack gerenciado. O Anthos oferece um retorno sobre o investimento (ROI) de até 4,8 vezes, enquanto aumenta a produtividade, a eficiência operacional e a velocidade de migração de aplicativos.
- Google Kubernetes Engine: serviço gerenciado do Kubernetes com escalonamento automático de quatro direções e suporte para diferentes clusters. Esta solução baseada em nuvem simplifica a execução de aplicativos em containers, em qualquer lugar (outras nuvens ou on-premise), e não apenas na Google Cloud Platform (GCP).
- Compute Engine: infraestrutura de computação em máquina com tamanhos personalizados para acelerar a transformação em nuvem. Com esse serviço, é possível criar vários tipos de máquinas virtuais (VMs) e executá-las na infraestrutura do Google.
- Cloud Storage: armazenamento de dados unificados, escalonáveis e duráveis. O Serviço de transferência do Cloud Storage e o Serviço de transferência de dados locais oferecem dois caminhos de alto desempenho para o Cloud Storage, ambos com a escalonabilidade e a velocidade que você precisa para simplificar o processo de transferência de dados.
- BigQuery: armazenamento de dados na nuvem sem servidor, altamente escalonável e econômico. Oferece análises em escala de petabytes para facilitar consultas SQL em grandes conjuntos de dados graças ao poder de processamento da infraestrutura do Google. Elimina a etapa de provisionamento de recursos, sem contar que a infraestrutura sem servidores oferecida pelo Google realiza toda manutenção relacionada a atualizações, além de utilizar escalonamento automático e agilizar o streaming de dados.
- Cloud Run: propicia mais produtividade aos desenvolvedores e simplifica diversas operações. Trata-se de uma solução de desenvolvimento nativo em nuvem que oferece a agilidade dos servidores para seus apps em contêineres. Pode ser utilizado para implementar contêineres HTTP, permitindo escrever códigos em qualquer linguagem a partir da biblioteca de framework ou binário que funcione melhor para seu negócio.
- Cloud SQL: serviço de banco de dados relacional gerenciado para MySQL, PostgreSQL e SQL Server. Permite executar os mesmos bancos de dados relacionais que você conhece com coleções avançadas de extensões, sinalizações de configuração e ecossistema de desenvolvedor, mas sem o incômodo do autogerenciamento.
Jornalista especializada em tecnologia há mais de 10 anos, com atuação em veículos nacionais e internacionais. Atualmente, é mestranda em Sustentabilidade pela USP, onde pesquisa mudanças climáticas.