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Imagens de satélite otimizam gestão patrimonial no setor de energia

Imagens de satélite otimizam gestão patrimonial no mercado de energia.
Escrito por André Santos

As imagens de satélite e o sensoriamento remoto são ferramentas poderosas para apoiar a gestão patrimonial das empresas de energia. Considerando que a rede de transmissão de energia elétrica no Brasil alcança mais de 107 mil quilômetros (ANEEL, 2015), é uma tarefa complexa para as empresas operadoras gerenciarem as faixas de terras ao longo das linhas de transmissão, chamadas de faixas de servidão e de segurança, pelas quais elas são responsáveis. O desafio da gestão patrimonial também é comum às geradoras e distribuidoras de energia. 

Tecnologias como imagens de satélite e sensoriamento remoto entram em cena para apoiar as operações das empresas do setor de energia elétrica. Entenda a seguir como essas ferramentas são implementadas. 

Desafios da gestão patrimonial

A gestão das faixas de terra ao longo das linhas de transmissão, distribuição e geração de energia é de responsabilidade das empresas operadoras de energia elétrica. Elas devem assegurar que não haja nenhum uso irregular nessas faixas para garantir o fornecimento adequado do serviço.

Obras ou instalações dentro dessas áreas só são permitidas se não interferirem na operação e manutenção da linha. Contudo, ocupações indevidas nas faixas não são incomuns, especialmente devido à topografia e condições do solo, colocando vidas em risco.

Empresas geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia devem levantar dados sobre essas ocupações, como localização, características e riscos, o que pode ser um trabalho extremamente caro e moroso. O uso de imagens de satélite e técnicas de sensoriamento remoto ajudam a monitorar e atualizar essas situações.

Com a evolução da tecnologia, houve avanço nos sistemas de sensoriamento remoto e na metodologia de análise de imagens. Um exemplo de abordagem, utilizando imagens de satélite, é o OBIA (Object-Based Image Analysis), que otimiza a classificação automática de imagens, considerando diversos atributos como textura, formato, contexto, brilho, ao invés de pixels isolados.

Os dados gerados por essas tecnologias apoiam a gestão patrimonial, uma vez que permitem monitorar e identificar a situação das áreas no entorno de reservatórios ou faixas de servidão. Assim, eles permitem diferenciar interferências permitidas das que não são permitidas e planejar ações de correção.  

Benefícios para a gestão do patrimônio 

As tecnologias de georreferenciamento se destacam pela capacidade de melhorar a rastreabilidade e a confiabilidade das informações relativas aos ativos presentes nas redes de energia. As empresas do setor podem aproveitar os dados gerados para sustentar várias áreas de suas operações.

Há inúmeras vantagens oferecidas pelas tecnologias de imagens de satélite e sensoriamento remoto na gestão patrimonial de linhas de transmissão, linhas de distribuição rural ou na geração de energia:

  • Obtenção de um diagnóstico eficaz do estado atual de ocupações irregulares.
  • Identificação e quantificação de áreas ocupadas.
  • Prevenção com maior precisão de custos associados à remoção de invasores.
  • Agilidade na resposta e remoção de ocupações irregulares.
  • Redução da necessidade de fiscalizações de campo, diminuindo custos.
  • Entrega de informações detalhadas para apoiar a tomada de decisões gerenciais e operacionais.
  • Atendimento rápido às solicitações de informações sobre ocupações conduzidas por órgão ambiental.
  • Entrega à área de meio ambiente de materiais de apoio para a produção de relatórios técnicos e fotográficos ambientais.

Conclusão: uso de imagens de satélite para a gestão patrimonial no setor de energia

As imagens de satélite e as tecnologias de geolocalização aplicadas na gestão patrimonial de empresas do setor de energia são fundamentais para a eficiência desta etapa da operação. 

Quer saber como implementar essas tecnologias na gestão patrimonial do setor de energia elétrica? Agende uma conversa com nossos especialistas.

Sobre o(a) autor(a)

André Santos

Engenheiro com especialização em Gestão de Projetos. Experiência em projetos de sensoriamento remoto para demandas governamentais e para os mercados de energia elétrica, florestal e agronegócio.

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