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5 etapas essenciais antes de migrar para nuvem

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Escrito por Karen Ferraz

De acordo com o Gartner, 95% das novas iniciativas digitais globais serão baseadas em Plataformas Nativas de Nuvem até 2025, em comparação com menos de 40% em 2021. Diversas empresas buscam migrar para nuvem seus workloads hospedados em servidores locais, visando obter benefícios como flexibilidade, escalabilidade e redução de custos.

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Vantagens de migrar para a nuvem do Google:
– Cobertura global: utiliza a rede de fibra óptica global privada do Google, que oferece interconectividade direta entre os data centers
– Migração em tempo real: com o Google Cloud você pode migrar cargas de trabalho de uma máquina virtual para outra sem interrupção
– Segurança: fornece os mesmos níveis de segurança dos serviços próprios do Google, como Gmail, Docs e pesquisa
– Preço: precificação de serviços por segundo, com descontos para instâncias de longa duração. Não exige assinatura, ou seja, você paga pelo uso

Quer fazer parte dessa transformação digital? Veja quais são as cinco etapas fundamentais para iniciar sua jornada de migração:

Etapa 1. Defina seu ponto de partida

Há três cenários possíveis onde seus workloads podem estar implantados:

  • On-premise: você gerencia toda a infraestrutura e aplicativos;
  • Data center privado: onde você gerencia toda a virtualização e os recursos privados, enquanto o restante é gerenciado pelo provedor de serviços;
  • Outro provedor de cloud: quando seus workloads estão hospedados em um provedor diferente do Google Cloud;

Etapa 2. Identifique seus tipos de workloads 

Aqui é necessário avaliar a complexidade de migrar seus workloads. Eles podem ser classificados como:

  • Legados: são desenvolvidos sem qualquer consideração pelo ambiente Cloud.
  • Cloud native (nativo da nuvem): são nativamente escaláveis, com alta disponibilidade e portáteis, o que facilita a migração para a Cloud.

Etapa 3. Escolha o tipo de migração

Há três principais tipos de migração, que devem ser escolhidos conforme grau de maturidade da sua empresa.

Lift and shift: move-se workloads de uma origem para um ambiente de destino com pouca ou nenhuma modificação. O ideal é que você continue modernizando suas aplicações após esse tipo de migração.
Vantagem: requer menor quantidade de tempo e são mais fáceis de realizar. 
Desvantagem: você tem um workload não cloud native em execução no Google Cloud, o que não é ideal para aproveitar ao máximo os recursos da Cloud.

Improve and move: como o próprio nome diz, você moderniza o workload para aproveitar os recursos cloud native.
Vantagem: é a melhor opção a longo prazo pois você obtém acesso a muitos dos benefícios cloud native.
Desvantagens: é mais demorado que o “Lift and shift” porque se está refatorando.

Rip and replace: desativa-se o aplicativo existente e reescreve-se completamente como um aplicativo cloud native.
Desvantagens: leva mais tempo;
Vantagens: permite aproveitar melhor os benefícios da Cloud.

Etapa 4. Avalie a maturidade da organização para a adoção da Cloud

Antes de migrar para nuvem, é importante avaliar o nível de maturidade da sua companhia. Você pode utilizar o framework do Google para realizar esta avaliação antes de migrar. Ele auxilia você a identificar na sua empresa quais lacunas devem ser preenchidas e quais competências devem ser desenvolvidas.

Segundo o framework, sua maturidade depende de quatro temas: learn (programas de aprendizados), lead (suporte à liderança), scale (experiência para escalar serviços nativos na nuvem) e secure (sua capacidade de proteger seu ambiente atual). Para cada um desses temas, você estará em uma dessas três fases: tática (inicial), estratégica (intermediária) ou transformacional (avançada). Nesta última, sua equipe aproveita ao máximo os recursos da nuvem.

Arquitetura do framework de adoção do Google Cloud com quatro temas e três etapas.

Etapa 5. Prepare-se para o caminho da migração

Este caminho da migração possui quatro fases: você avalia, planeja, implanta e otimiza.

Migration to Google Cloud: Assessing and discovering your workloads

Avaliação (Assess): realiza-se o inventário dos aplicativos existente. Exemplo: aplicativos de responsabilidade da sua empresa, apps proprietários que devem atender aspectos regulatórios, apps que possui outros requisitos como dados dos clientes devem ser armazenados no país, requisitos de recursos do sistema (para estimar custos na nuvem) e dependência dos apps (para que na migração lift and shift você mova as VM’s em conjunto com as dependências). A ferramenta Stratozone do Google ajuda nesse levantamento. 

Planejamento (Plan): inclui a criação da infraestrutura de nuvem básica para seus aplicativos e planejamento da forma como eles serão movidos. Nessa fase, são realizados: classificação dos aplicativos como fácil ou difícil de mover ou não serão movidos; desenvolvimento de uma estratégia de migração priorizada; definição de como seus recursos serão organizados na Cloud e como seus acessos serão controlados.

Implantação (Deploy): aqui você projeta, implementa e executa os processos de implantação para mover seus workloads para a Cloud. O Google oferece algumas ferramentas para auxiliar nessa implantação:

  • Migrate for Compute Engine: permite mover servidores físicos ou VMs para o Google Compute Engine
  • VMware Engine: possibilita migrar workloads baseados no VMware sem alterações nas suas ferramentas ou processos
  • Migrate for Anthos: atualiza workloads diretamente em contêineres no GKE

Otimização (Optimize): nesta fase, você começará a aproveitar ao máximo a tecnologia cloud native, como:

  • Desempenho e escalabilidade
  • Alta disponibilidade
  • Custo
  • Abertura de portas para integrações de aprendizado de máquina e inteligência artificial para seus aplicativos.

Sobre o(a) autor(a)

Karen Ferraz

Jornalista especializada em tecnologia há mais de 10 anos, com atuação em veículos nacionais e internacionais. Atualmente, é mestranda em Sustentabilidade pela USP, onde pesquisa mudanças climáticas.

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