Aplicações Cloud Native Google Cloud

O que é cloud native? Entenda como a computação em nuvem moderniza o desenvolvimento de aplicações

Cloud native
Escrito por Karen Ferraz

As plataformas nativas da nuvem (CNPs – ou Cloud-Native Platform, em inglês) estão entre as principais tendências em tecnologia. Isso quer dizer que as empresas investirão cada vez mais no desenvolvimento de aplicações em ambientes escaláveis de nuvem.

É nesse contexto que o termo cloud native, ou computação nativa em nuvem, ganha ascensão, à medida que as empresas buscam soluções capazes de potencializar os recursos de TI para permitir o crescimento e a inovação por meio de infraestruturas técnicas escaláveis e resilientes. Aqui, explicamos melhor o conceito cloud native, bem como as principais vantagens de adotar esta abordagem.

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Cloud native: uma abordagem para a transformação

O termo cloud native ou computação nativa na nuvem engloba diversas técnicas e processos modernos que ajudam os desenvolvedores de software a construir, implantar e rodar aplicações na infraestrutura em nuvem. Isso inclui o desenvolvimento e execução de aplicações em uma arquitetura baseada em serviço, micro-serviços, cointêineres e interfaces de programação de aplicações (APIs).

A nuvem é um pilar fundamental na jornada de transformação digital. Migrar de arquiteturas tradicionais baseadas em um data center local para a nuvem pública permite às organizações se tornarem mais escaláveis, melhorar a experiência de consumo, reduzir custos, ganhar agilidade e aumentar o ritmo de inovação.

Esta abordagem e modelo de desenvolvimento traz inúmeras oportunidades às empresas. Desse modo, elas se tornam mais responsivas em seus mercados, conseguindo readequar, desenvolver, entregar, escalar e testar novas ideias rapidamente.

 

Como a computação em nuvem moderniza o desenvolvimento de aplicações

Aplicações nativas em nuvem são sistemas arquitetados e desenvolvidos para aproveitar todos os benefícios oferecidos pela computação em nuvem, tais como: consumo de recursos sob demanda; elasticidade que permite aumentar ou reduzir uso de recursos de forma automatizada; uso de serviços autogerenciados; alta disponibilidade.

O desenvolvimento dessas aplicações é baseado no uso de novas abordagens, que permitem desenvolver e entregar de forma rápida e consistente funcionalidades que gerem valor para os negócios. Assim, a aplicações cloud native oferecem mais resiliência ao sistema, alta disponibilidade, implantação em diferentes regiões geográficas de acordo com a demanda, além da redução robusta de custos por serem cobradas somente pelo recurso utilizado no momento em que há demanda.

Em resumo, há quatro camadas da computação cloud native que são utilizadas para desenvolver aplicações:

  • Camada de desenvolvimento: inclui ferramentas usadas para construir aplicativos, como bancos de dados, sistemas de mensagens, imagens de contêiner e pipelines de integração contínua e entrega contínua e outros.
  • Camada de provisionamento: refere-se às ferramentas indispensáveis para construir e proteger o ambiente no qual a aplicação será executada, idealmente de maneira repetível. Exemplos: armazenamento de imagens em um repositório, automatização de compilações e abordagens de segurança do aplicativo, dentre outros.
  • Camada de tempo de execução: está ligada à execução de um aplicativo nativo da nuvem, como o tempo de execução do contêiner, armazenamento e rede.
  • Camada de orquestração e gerenciamento: inclui as ferramentas fundamentais para implantar, gerenciar e dimensionar aplicativos em contêineres, incluindo orquestração e programação, como Kubernetes.

Vantagens de migrar sua aplicação para a nuvem:

Produtividade: os aplicativos nativos da nuvem se beneficiam de uma infraestrutura pronta para uso que permite aos desenvolvedores acessar e reutilizar componentes existentes, como APIs, virtualização de dados, mecanismos de fluxo de trabalho e outros. Isso reduz a complexidade do processo de desenvolvimento e permite que os desenvolvedores se concentrem no que importa para o negócio.

Escalabilidade e confiabilidade: o escalonamento elástico sob demanda da nuvem amplia o uso de recursos de computação, armazenamento e outros. Essa escalabilidade atende a qualquer perfil de demanda, sem a necessidade de planejamento ou provisionamento de infraestrutura extra. Além disso, a recuperação de desastres também é mais rápida em nuvem.

Agilidade: as tecnologias legadas de uma empresa não conseguem ser flexíveis para acompanhar as novas tendências. Os desenvolvedores podem ganhar velocidade de desenvolvimento e melhorar a automação ao migrar aplicativos para uma plataforma moderna baseada em contêiner, reduzindo a velocidade de lançamento de novos produtos e serviços no mercado e aumentando o ritmo de inovação.

Custos mais baixos: a tecnologia nativa da nuvem é baseada em modelos de pagamento por uso, o que reflete em economias de escala ao se trocar os gastos de CAPEX por OPEX. Com gastos de CAPEX mais baixos sobram mais recursos de TI para se investir no desenvolvimento, e não na infraestrutura. Além disso, os custos gerais com hospedagem também são mais baixos.

Menor dependência de fornecedor: desenvolver aplicativos nativos em nuvem oferece uma gama de possibilidades de ferramentas a serem utilizadas, sem que seja necessário ficar restrito a tecnologias legadas. Os aplicativos nativos em nuvem são mais portáteis, sendo possível utilizar infraestrutura de várias nuvens ou migrar para o provedor que oferece o melhor custo-benefício para sua empresa.

Sobre o(a) autor(a)

Karen Ferraz

Jornalista especializada em tecnologia há mais de 10 anos, com atuação em veículos nacionais e internacionais. Atualmente, é mestranda em Sustentabilidade pela USP, onde pesquisa mudanças climáticas.

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