Para viabilizar operações no modelo de trabalho remoto, organizações de todos os segmentos aceleraram suas estratégias de digitalização durante a pandemia, migrando suas aplicações on premise para a nuvem. Essa tendência deve se manter no futuro pós-pandêmico, de modo que as empresas brasileiras investirão cerca 30% de suas receitas em transformação digital ao longo de 2021, com 46% desse total destinado à cloud computing (computação em nuvem), segundo estudo da Sambatech.
Se seu negócio ainda não migrou aplicações legadas para ambientes de nuvem, este é um momento propício para ponderar essa decisão. Mais da metade das companhias do país estão revisando processos ou jornadas de digitalização com foco em novas receitas. Se você já utiliza a cloud ou não, a atual conjuntura econômica leva a uma avaliação de investimentos em segurança e tecnologia.
Cloud computing: principais vantagens
Assim, destacamos as principais questões que sua empresa deve considerar para decidir manter suas aplicações on premise (no local) ou movê-las para a nuvem.
1 – Atualização e recursos estruturais
On premise: nesse modelo, o monitoramento e atualização da infraestrutura e o gerenciamento da carga de trabalho ficam por conta da TI da empresa, o que exige profissionais dedicados, investimento em hardware e em licenças de software.
Cloud: a computação em nuvem permite deslocar cargas de trabalho e escalar o uso de recursos de memória e processo automaticamente, sem que isso impacte na experiência do usuário. As atualizações acontecem de forma contínua, sendo que há controle total na gestão do servidor.
2 – Segurança
On premise: exige a manutenção de uma equipe especializada e recursos para manter a segurança da infraestrutura atualizada, gerenciar a política de segurança e implementar as ferramentas adequadas.
Cloud: a equipe de especialistas do provedor de nuvem cuida da manutenção da segurança e aplica todas as medidas necessárias para manter a segurança de software e hardware e garantir a integridade de dados e do acesso de usuários.
3 – Recursos financeiros
On premise: exige que a empresa desembolse grandes quantias para a compra de hardware e software, o que pode sobrecarregar o fluxo de caixa e desviar recursos de outros projetos.
Cloud: há um custo fixo mensal em que você paga apenas pelo que usa, sem custos iniciais e gastos com licenças. A previsibilidade com esses gastos também é maior, de forma que é possível limitar o consumo de cargas de trabalho.
4 – Lançamento no mercado
On premise: o time-to-market para lançamento de novos recursos ou produtos acaba sendo maior, uma vez que é necessário configurar hardware e software internamente para atender às demandas do negócio.
Cloud: o lançamento de novos produtos ou serviços por sua empresa é muito mais ágil na nuvem, visto que basta escalar a infraestrutura conforme a necessidade e deixar essa etapa por conta do seu provedor.
5 – Integridade dos dados
On premise: sua empresa deve manter internamente um controle rígido sobre onde seus dados são armazenados e atender aos requisitos regulatórios da LGPD, além de implementar e operar seu próprio backup e gerenciar protocolos de recuperação de desastres.
Cloud: a replicação automática em diversos sites permite realizar o backup praticamente instantâneo e uma rápida recuperação em caso de falha no servidor. Com o Google Cloud, o armazenamento e processamento dos dados é realizado na região, no data center da empresa na América Latina, o que garante muito mais controle.
Jornalista especializada em tecnologia há mais de 10 anos, com atuação em veículos nacionais e internacionais. Atualmente, é mestranda em Sustentabilidade pela USP, onde pesquisa mudanças climáticas.